Não é de hoje que nossa sociedade brasileira, quiçá a maioria da população das nações do mundo tem se habituado a viver sem objetivos, sem metas. Abordagem generalista para assuntos como este nunca dá muito certo, por isso, vamos dizer que um percentual significativo de pessoas abandonam suas metas pelo caminho, desistem de tentar, perdem o foco, se desmotivam, se aborrecem, se entristecem, se iludem, se desanimam e ficam no "quase".
Eu tenho um certo "medo" do quase. Não gosto muito de saber que alguém disse: "Bruno foi muito bem mas quase conseguiu." Ai vem o lema da política do quase: "Mais importante do que ganhar é competir."
Na verdade, repensar, replanejar, recalcular a rota, modificar a vida não tem nada a ver com isso. Nem sempre acertamos, nem sempre o caminho escolhido é o melhor. Nesse caso, o jeito é voltar atrás, de onde errou e recomeçar o novo caminho. A Bíblia diz em Apocalipse algo sobre isso:
"Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres." Apocalipse 2:5
Mas o que chamo de "politica do quase" é a mania que muitos de nós tem de se contentar com a "mediocridade", de se sentir satisfeito com o incompleto, é do terrível mal costume de nos conformarmos com a metade, com o "quase".
Meus amigos, o quase e o nada são a mesma coisa. Deus não nos fez para o quase. Ele nos fez para cumprirmos a perfeita obra de seu plano. Olha isso:
"Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca."Apocalipse 3:16
Tem muita gente levando sua vida espiritual na base da política do quase. Até planejam realizar, até se "esforçam", mas não o suficiente, e no final, não se conclui nada, ficam no quase.
O quase é uma espécie de "limbo", um abismo profundo onde estão depositados todos os sonhos, as vitórias, e os anseios da vida das pessoas. Em outras palavras, é o lugar comum dos derrotados, dos incrédulos, daqueles que não levaram a sério, dos conformados e dos fracos.
Existem duas explicações bíblicas que relatam sobre como as pessoas ficam nessa situação.
"Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?
Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele,
Dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.
Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?
De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores, e pede condições de paz.
Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo."Lucas 14:28-33
Nesta pregação, Jesus estava mostrando para a multidão que o seguia atrás de seus milagres e maravilhas, de que nada valeria andar atrás dele se não houvesse algo a mais: renúncia, planejamento, envolvimento. O texto está muito claro, não carece explicação. Temos que simplesmente calcularmos, nos empenharmos nos envolvermos para não ficarmos no quase. Senão, seria melhor nem tentar. Não vale a pena ficar no quase.
Paulo nos trás a segunda explicação sobre como as pessoas ficam no quase, ou, como as pessoas devem agir para não ficar no quase:
"Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim,
Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." Filipenses 3:13-14
Duas coisas há de se destacar: ESQUECENDO-ME DAS COISAS QUE ATRÁS FICARAM e PROSSIGO PARA O ALVO.
O que muitas vezes nos faz ficar no quase é a velha mania de olharmos as circunstâncias...darmos ênfase nas dificuldades, nas obscuridade das coisas, do relativismo cultural que nos consome...uma mania besta, cruel e fracassada de ficarmos achando desculpa pra tudo, de levarmos em conta coisas negativas, de buscarmos explicações para nossas dificuldades. Isso nos deixa no quase. E por fim, e consequência desta primeira sentença, nos deixa no quase o fato de nos esquecermos nosso ALVO. As vezes a gente se esquece não é mesmo? Nos envolvemos num "embololô" de coisas terrenas, nos tais problemas da vida e no final esquecemos nosso alvo, nosso objetivo. É como aquela conversa que travamos com um amigo sobre algo muuuuuiiiiittoooo importante, mas ai, aparece uma interferência, e quando você volta ao assunto você se pergunta: "mas sobre o quê eu estava falando mesmo?"
Irmãos, não podemos nos conformar com o quase. Não se limite ao razoável quando se pode chegar a excelência. Não digo isso no caráter financeiro da parada, não estou aqui "pregando" teologia da prosperidade....isso vale para nossa vida financeira, profissional e material sim, com certeza. Mas digo em TODAS, TODAS as áreas de nossa vida, PRINCIPALMENTE A ESPIRITUAL. Você que me lê agora, pode estar passando por um momento de reavaliar sua caminhada, sua jornada cristã, anda se decepcionando com igreja, com pastor, com irmão A, B, C, D...Não deixe que essas interferências te deixem no quase. Não deixe seu ânimo te deixar no quase.
E que o Senhor complete o sentido destas palavras em nossos corações.
Em Cristo,
Bruno Ramos
de fato
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