Trabalhei com um cara que me disse uma vez: "Bruno, o corrimão para o sucesso é puxar o saco do patrão."
Ainda me lembro que foi no ano de 2005 que com um tom gozador este colega de trabalho que sabia muito da vida me pregou na mente esta sentença um tanto quanto pejorativa, mas que também divide o mundo em dois grupos de pessoas: os bajuladores e os não bajuladores.
Pra tratar um pouco disso, inicialmente temos que entender certinho, refletir um pouco sobre do que se trata um bajulador.
O primeiro de tudo a saber é: um bajulador quase nunca se confessa um bajulador.
Se você pesquisar no pai dos burros a resposta para o que é um bajulador vem de forma clara sem rodeios: "que ou quem faz bajulações, que louva e exagera os méritos de alguém com fins interesseiros. Adulador, lisonjeador."
O bajulador é uma pessoa que geralmente enxerga uma excelente oportunidade de negócio, de meio de vida, de gaita fácil, de crescimento profissional, de visibilidade, de fama, de regalias através de uma aproximação a alguém que possui algo a oferecer dentre as categorias citadas acima. Portanto, através de uma aproximação motivada por causas naturais ou dissimuladas o bajulador se posta próximo a pessoa que pode lhe ofertar um benefício e rapidamente e oportunamente trabalha para ganhar a confiança do pretendido bajulado através da amizade, companheirismo até mesmo de sacrifícios artificiais em prol do sujeito poderoso de quem ele pretende conquistar favorecimentos.
O desenvolvimento e o desenrolar da bajulação você já conhece: uma vez conquistado o foro íntimo - pessoal ou profissional - do candidato, o adulador começa a tecer conselhos, defender o comportamento do seu bajulado a qualquer custo, se torna um homem ou mulher de confiança, passa a guardar segredos, intitula-se como aliado e o ápice da história toda: vive a elogiar, enaltecer, orgulhar-se de tudo o que seu bajulado produz ou deixa de produzir.
Não sei não, mas acredito que uma bajulação de um puxa-saco vale mais do que dez palestras motivacionais ministradas pelos maiores gurus do planeta. Por isso mesmo, o bajulado acaba tendo dificuldade para opor-se muitas vezes a aproximação do seu adulador. O bajulador trabalha tão direitinho que ele camufla muito bem camuflado seus interesses, principal motivo de tudo, com sentimentos por vezes até parecidos a verdadeiros de amizade. A vítima (lembre-se: poderosa ou endinheirada) começa a entender que aquele individuo (ou indivíduos) subserviente é importante pra ele, começa a crer que os sentimentos são verdadeiros e de que esse cara é a representação perfeita de sua auto afirmação. Então, vai mantendo o bajulador por ali, por vezes propositalmente, por outras vezes involuntariamente.
Enquanto isso tudo acontece, o bajulador, que não está ali de graça, vai atingindo seu objetivo inicial e principal disso tudo: usufruindo de favores que talvez não seriam alcançados sem o artifício da bajulação - maiores salários, posição de destaque, torna-se porta-voz de sua personalidade particular, ganha presentes, honrarias e tudo quanto é privilégio que se possa imaginar.
Entendido o contexto do bajulador, agora fica fácil conversarmos sobre as consequências da bajulação.
Davi escreve assim:
Salva-nos, Senhor! Já não há quem seja fiel; já não se confia em ninguém entre os homens.
Cada um mente ao seu próximo; seus lábios bajuladores falam com segundas intenções.
Salmos 12:1-2
O grave problema da bajulação é que ela age como uma doença silenciosa. Ela vai penetrando vagarosamente pelos órgãos do corpo e quando menos se espera, causa uma falência múltipla em quem está contaminado por ela.
Aquele que se cerca de bajulação acaba criando um mundo paralelo ao real. O poder da bajulação acaba cegando sua capacidade de perceber erros. Sim, porque a função maior do bajulador é manter o cenário perfeito diante do bajulado, mesmo que isso custe mentiras, falsidade, mesmo que inverdades se tornem verdades, mesmo que a impressão seja falsa.
A função homicida do bajulador é manter tudo na perfeita ordem perante o bajulado, mesmo quando não está.
Ele faz isso, porque não está preocupado com as consequências, com os resultados mortíferos que podem acarretar a seu bajulado. Ele está preocupado em usufruir o máximo possível de qualquer que se seja sua regalia e pra isso ele vende a ilusão de que está tudo bem.
Então, intrigas são geradas, resultados negativos são camuflados, ações errôneas dignas de serem repreendidas são exaltadas, compromissos fingidos são firmados e no fim, quando tudo estiver destruído, o bajulador - sempre coadjuvante - "pula" fora, deixa seu bajulado na ruína e desgraça e vai procurar outro bam-bam-bam para puxar o saco.
Infelizmente, vivemos em um mundo egoísta e corrupto, onde os interesses pessoais para muitos estão acima de um sentimento verdadeiro pautado na sinceridade.
O verdadeiro amigo, o autêntico cristão, não deve pautar suas relações nem de um lado nem de outro dessa gangorra perigosa.
Tratar com sinceridade, respeito, possuir estima por alguém não tem nada a ver com isso. Devemos respeitar sim nossas autoridades, lideres, chefes, quem está acima de nós, assim como devemos buscar o respeito de quem está num contexto de serviço a nossa posição, seja ela onde for, em qual esfera for.
Mas os resultados de nossas conquistas devem ser obtidos por nossos méritos, por nosso comprometimento franco e desprendido de nossos esforços.
Adiante, Davi mais uma vez escreve:
Pois segui os caminhos do Senhor; não agi como ímpio, afastando-me do meu Deus.
Todas as suas ordenanças estão diante de mim; não me desviei dos seus decretos.
Tenho sido irrepreensível para com ele e guardei-me de praticar o mal.
O Senhor me recompensou conforme a minha justiça, conforme a pureza das minhas mãos diante dos seus olhos.
Ao fiel te revelas fiel, ao irrepreensível te revelas irrepreensível,
ao puro te revelas puro, mas com o perverso reages à altura.
Salvas os que são humildes, mas humilhas os de olhos altivos.
Salmos 18:21-27
Enquanto isso tudo acontece, o bajulador, que não está ali de graça, vai atingindo seu objetivo inicial e principal disso tudo: usufruindo de favores que talvez não seriam alcançados sem o artifício da bajulação - maiores salários, posição de destaque, torna-se porta-voz de sua personalidade particular, ganha presentes, honrarias e tudo quanto é privilégio que se possa imaginar.
Entendido o contexto do bajulador, agora fica fácil conversarmos sobre as consequências da bajulação.
Davi escreve assim:
Salva-nos, Senhor! Já não há quem seja fiel; já não se confia em ninguém entre os homens.
Cada um mente ao seu próximo; seus lábios bajuladores falam com segundas intenções.
Salmos 12:1-2
O grave problema da bajulação é que ela age como uma doença silenciosa. Ela vai penetrando vagarosamente pelos órgãos do corpo e quando menos se espera, causa uma falência múltipla em quem está contaminado por ela.
Aquele que se cerca de bajulação acaba criando um mundo paralelo ao real. O poder da bajulação acaba cegando sua capacidade de perceber erros. Sim, porque a função maior do bajulador é manter o cenário perfeito diante do bajulado, mesmo que isso custe mentiras, falsidade, mesmo que inverdades se tornem verdades, mesmo que a impressão seja falsa.
A função homicida do bajulador é manter tudo na perfeita ordem perante o bajulado, mesmo quando não está.
Ele faz isso, porque não está preocupado com as consequências, com os resultados mortíferos que podem acarretar a seu bajulado. Ele está preocupado em usufruir o máximo possível de qualquer que se seja sua regalia e pra isso ele vende a ilusão de que está tudo bem.
Então, intrigas são geradas, resultados negativos são camuflados, ações errôneas dignas de serem repreendidas são exaltadas, compromissos fingidos são firmados e no fim, quando tudo estiver destruído, o bajulador - sempre coadjuvante - "pula" fora, deixa seu bajulado na ruína e desgraça e vai procurar outro bam-bam-bam para puxar o saco.
Infelizmente, vivemos em um mundo egoísta e corrupto, onde os interesses pessoais para muitos estão acima de um sentimento verdadeiro pautado na sinceridade.
O verdadeiro amigo, o autêntico cristão, não deve pautar suas relações nem de um lado nem de outro dessa gangorra perigosa.
Tratar com sinceridade, respeito, possuir estima por alguém não tem nada a ver com isso. Devemos respeitar sim nossas autoridades, lideres, chefes, quem está acima de nós, assim como devemos buscar o respeito de quem está num contexto de serviço a nossa posição, seja ela onde for, em qual esfera for.
Mas os resultados de nossas conquistas devem ser obtidos por nossos méritos, por nosso comprometimento franco e desprendido de nossos esforços.
Adiante, Davi mais uma vez escreve:
Pois segui os caminhos do Senhor; não agi como ímpio, afastando-me do meu Deus.
Todas as suas ordenanças estão diante de mim; não me desviei dos seus decretos.
Tenho sido irrepreensível para com ele e guardei-me de praticar o mal.
O Senhor me recompensou conforme a minha justiça, conforme a pureza das minhas mãos diante dos seus olhos.
Ao fiel te revelas fiel, ao irrepreensível te revelas irrepreensível,
ao puro te revelas puro, mas com o perverso reages à altura.
Salvas os que são humildes, mas humilhas os de olhos altivos.
Salmos 18:21-27
O batalhador e homem de Deus Jó também toca no assunto:
Tenho que falar. Isso me aliviará. Tenho que abrir os lábios e responder.
Não serei parcial com ninguém, e a ninguém bajularei,
porque não sou bom em bajular; se fosse, o meu Criador em breve me levaria.
Jó 32:20-22
Tenho que falar. Isso me aliviará. Tenho que abrir os lábios e responder.
Não serei parcial com ninguém, e a ninguém bajularei,
porque não sou bom em bajular; se fosse, o meu Criador em breve me levaria.
Jó 32:20-22
Nos afastemos irmãos dessa prática tão perversa e busquemos amar e respeitar nosso próximo com sinceridade, justiça e verdade, elogiando quando preciso, repreendendo quando necessário, mas sempre pautados naquilo que nosso Deus nos revela através da sua palavra.