Se existe alguém nessa vida que todo homem tem a obrigação de confiar essa pessoa é o seu barbeiro. O barbeiro é um cara altamente de confiança, só pode ser. Tem que ser. Por isso que é difícil a gente ver por ai um homem que toda hora fica trocando de barbeiro. Não dá.
Imagine você, um homem barbudo passando na rua, olhando uma placa e pensando consigo mesmo: "pôxa, estou barbudo...vou aproveitar que estou passando em frente a esse barbeiro desconhecido aqui e vou fazer minha barba agora mesmo."
Ao entrar no estabelecimento, se senta na macabra cadeira do barbeiro e inicia uma conversa, enquanto o profissional começa com aquela inquietante mania de ficar cortando o ar com a tesoura vizinhando sua orelha:
- Prazer meu nome é Zé. É nova sua barbearia?
- É sim. Tem uns nove meses que eu abri. Desde que eu me mudei pra cá. - Responde o barbeiro.
- A é? Morava onde antes?
Imagine você, um homem barbudo passando na rua, olhando uma placa e pensando consigo mesmo: "pôxa, estou barbudo...vou aproveitar que estou passando em frente a esse barbeiro desconhecido aqui e vou fazer minha barba agora mesmo."
Ao entrar no estabelecimento, se senta na macabra cadeira do barbeiro e inicia uma conversa, enquanto o profissional começa com aquela inquietante mania de ficar cortando o ar com a tesoura vizinhando sua orelha:
- Prazer meu nome é Zé. É nova sua barbearia?
- É sim. Tem uns nove meses que eu abri. Desde que eu me mudei pra cá. - Responde o barbeiro.
- A é? Morava onde antes?
- Eu sou do interior de Minas...me mudei pra cá pra me tratar de uns problemas de saúde ai...
- Pôxa, que coisa!...e é grave?
- Pôxa, que coisa!...e é grave?
Enquanto corta a barba com a navalha no pescoço do cliente o barbeiro estranho responde:
- Não, não é não...só se eu esquecer de tomar uns remédios... ai tenho uns ataques de esquisofrenia, me dá umas crises de raiva...mas é só quando fico nervoso e esqueço dos remédios....ai óh! Foi até bom falar nisso, ainda não tomei meu remédio de hoje...
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Se pararmos pra pensar, analisarmos friamente, vamos perceber que a coisa mais difícil do mundo é confiar em alguém.
Pra quem ai já passou dos vinte, trinta, se puxar na memória agora em poucos instantes, vai se lembrar de pessoas que em determinadas situações fora depositada a máxima confiança possível e no final, houve traição. Por palavras, por atitudes, por falta de atitudes. Mas, se esperava algo de alguém que não aconteceu.
Ai, vem as decepções.
Nossos casamentos de hoje em dia, de crentes e não crentes, por exemplo, estão acabando (ou mal começando) por quebra de confiança. Principalmente as mulheres, quando saem de uma situação de quebra de confiança, ficam profundamente afetadas. Algumas passam anos sem se erguer novamente, desconfiando de tudo e de todos, acreditando que todo homem é igual, com a auto-estima abalada e a felicidade retirada, assim, como num estalar de dedos, por uma quebra de confiança.
A quebra de confiança pode, literalmente, acabar com a vida de uma pessoa. Pode trucidá-la emocionalmente e moralmente. Pode mudar os rumos de uma bela história de um ser humano.
A quebra de confiança pode, literalmente, acabar com a vida de uma pessoa. Pode trucidá-la emocionalmente e moralmente. Pode mudar os rumos de uma bela história de um ser humano.
Acho que todo homem é como uma ponte suspensa. Essas de tábuas bem fininhas amarradas com cordas velinhas, que ficam por sobre precipícios com um rio lá em baixo infestado de jacarés, típico de filmes de Indiana Jones.
Feito para os amigos e chegados passarem. Tudo vai bem na passagem, até o amigo pisar justamente na ripa fraca e podre. Acontece a queda, justamente o momento da quebra de confiança.
Não foi a toa, nem por capricho, que Deus através do seu profeta Jeremias disse:
“Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!” - Jeremias 17:5
O homem, nós todos, somos a tal ponte onde nossos amigos passam, pessoas que confiam na gente. Se derem sorte, talvez, e digo apenas talvez, não pisarão na maldita "ripinha" quebrada, esperando um pisão para derrumar alguém.
Nossa capacidade de sofrermos infidelidade por parte de alguém está para a capacidade de cometermos infidelidade para com os outros. As vezes objetivamente e concientemente, outras vezes por uma série de eventos interligados que indiretamente culminam na quebra de confiança para com uma pessoa ou um grupo.
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Nem tudo está perdido. Se a traição é a doença que fica ali, encubada a todo tempo, esperando a hora certa de se manifestar, existe um antídoto, e só um, capaz de anular o efeito da traição, da quebra de confiança.
Jesus foi o grande e maior distribuidor desse antídoto. A todo o tempo distribuiu, ensinou aos homens como não quebrar a confiança de alguém. Esse antídoto em grego chama-se "ἀγάπη". Desculpe-me, se você não entende grego, acho que em hebraico fica mais fácil: "אהבה".
Tudo bem, sem mais rodeios, o antídoto contra o mal da traição chama-se em bom português: "amor", sei que você já entendeu desde o grego.
Agora eu sei o porquê de Jesus Cristo ter passado tanto tempo, tantos sermões pregando: "ame a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo"...
Quando existe o amor, quando se ama, não se quebra confiança...o amor é um antídoto cujo os ingredientes são: respeito, carinho, vontade de querer bem, confiança, altruísmo, dedicação, e...o ingrediente x...esse ai é o segredo final que só Deus conhece, mas o que dá "liga" e faz tudo funcionar. O ingrediente x do amor, vem de Deus e essa é a parte divina da coisa toda.
Jesus passou sua vida inteira vivendo e pregando o amor, e, como se num teste final, sua última prova ali na cruz do calvário foi de amor.
Na cruz, sofrendo nossas dores, traído, por Judas e pelo povo a quem curou e liberou palavra de vida, tinha todos os motivos para blasfemar, para amaldiçoar o povo, para provar quem era Deus pra aquela gente. Mas qual foi sua atitude? "Pai, perdoa-os por que não sabem o que fazem."
Na cruz, sofrendo nossas dores, traído, por Judas e pelo povo a quem curou e liberou palavra de vida, tinha todos os motivos para blasfemar, para amaldiçoar o povo, para provar quem era Deus pra aquela gente. Mas qual foi sua atitude? "Pai, perdoa-os por que não sabem o que fazem."
Só o amor rompe a quebra de confiança.
Que possamos hoje e sempre amar nossos irmãos, nossas familias, nossos inimigos, nossos amigos e nossos barbeiros.
PS: Nossa confiança maior é em Jesus! Mas isso é um tema pra outra história!