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quarta-feira, 21 de março de 2012

O mistério do sapato furado

David Jones trabalhava como operário em uma fábrica de papéis higiênicos. Era jovem, destemido, desbravador e esforçado. Por isso havia conseguido seu primeiro emprego nas fábricas Philips Smith a maior do hemisfério norte. Seu proprietário, Sr. Smith era um baixinho arrogante e bruto que não tratava com muita intimidade seus funcionários.

Dono de uma incalculável fortuna e patrão de um sem número de empregados, Sr. Smith comandava seu império com mãos de ferro, sempre gesticulando com sua mão esquerda dando ordens pra lá e pra cá, enquanto descansava entre os dedos da outra mão seu sempre presente cigarro aceso, entre as pausas das tragadas.

Sr. Smith era pessoalmente responsável pelos rumos do seu negócio. Ele mesmo definia as estratégias de venda, de marketing e de investimento da empresa. Vivia a dar palestras dizendo sua visão do negócio: "papel higiênico é o melhor negócio do mundo. todo mundo, todo dia, toda hora usa Philips Smith, o papel que faz bem".

Constantemente aparecia em programas de entrevistas, sendo sabatinado, falando sobre o case de sucesso de sua marca: "Nosso negócio cresce com o crescimento da população mundial. Quando o consumidor escolhe se alimentar ele tem muitas opções: vegetais, cereais, bovinos, suinos, caprinos, fritos, cozidos, assados, comida japonesa, chinesa, americana...agora, quando ele quer se cuidar só tem uma opção: Philips Smith."

David Jones, nosso operário da primeira frase, avistou Sr. Smith pela primeira vez duas semanas após seu início na empresa, assim que ele retornou de viagem. Quando não viajava, Smith tinha o hábito de passar a primeira hora do dia vistoriando pessoalmente a sua linha de produção. 

Como um general que passa em revista a tropa, Smith, com seu jeitinho petulante de balançar as pernas enquanto andava, passava por todos os setores da fábrica inspecionando cada setor fabril, reclamando, orientando, esbravejando. Nunca elogiando. E olha que sua empresa era a que mais crescia com o crescimento da população mundial.

Jones, como você já leu lá atrás, estava em estado de êxtase em seu primeiro trabalho na vida. Ele tinha algo consigo: espirito de liderança e iniciativa. Essas duas características eram suas qualidades ao mesmo tempo que acabaram por lhe arranjar problemas em seu novo trabalho.

Numa das visitas rotineiras à fábrica, Jones percebeu um detalhe intrigante: Sr. Smith andava com um sapato furado. Ele observou enquanto ouvia as broncas de Smith em um dos encarregados próximo a ele. Foi neste dia que ouviu Smith proferir a sentença ao colega de patente maior: "...e você não serve pra este serviço." - olhando fixamente para Jones, Smith completou "este moleque novato aqui vai fazer o seu serviço melhor que você. Está despedido! Garoto, a partir de agora você é o novo encarregado de maciez de papel." - e soltou uma bola de fumaça em seu rosto juvenil.

Naquele momento Jones ficou sem reação. Houve uma mistura de sentimentos Não sabia se estava feliz por ter sido promovido, triste pelo amigo demitido ou intrigado por observar o sapato de um dos homens mais ricos do mundo furado. 

Ao chegar em casa Jones orou pelo colega agora desempregado. Pediu que Deus o abençoasse e o não deixasse desamparado. Mas os dias foram passando e Jones não tirava da cabeça o rombo no sapato do patrão. Todas as vezes que Smith aparecia, era com o mesmo sapato, surrado e furado. Jones ouvia as explicações e reclamações do Sr. Smith enquanto de cabeça baixa ficava observando, fixamente, sem nenhuma piscadela, aquele sapato velho, sem graxa, todo espatifado e furado, até que uma fumaça de cigarro inundasse suas narinas.

Um belo dia, já cansado de ficar encafifado com a questão, Jones, na inspeção matinal de Sr. Smith, resolve então, de uma vez por todas, interrogar o severo patrão sobre o assunto. Quando Smith terminou de dar o seu sermão, Jones pediu a palavra:

- Sr. Smith, queria lhe fazer uma pergunta. - Diz Jones observando o arrombado sapato do chefão.

Smith esbugalhou os olhos, engoliu a fumaça e por um segundo pensou em ser grosso, seu caminho natural. Mas dessa vez foi tomado pela curiosa iniciativa do jovem:

- Diga garoto. O que você quer saber?

- Por que o senhor rico como é só vem trabalhar com este sapato furado? - Perguntou Jones, de uma só vez, sem dar tempo para voltar atrás.

Sr. Smith que já estava com os olhos esbugalhados quase os soltou para fora da órbita, petrificado de incredulidade com a pergunta do subalterno. Olhou para o sapato, olhou para Jones, outra vez para o sapato, olhou para o cigarro e resolveu responder:

- Garoto, você sabe quanto custa um par de sapatos desses? Sabe? Einh? Me responda... esses sapatos custam US$ 1.000,00 o par. São de couro de jacaré. O dinheiro que eu gastaria pra comprar um par de sapatos eu compro 455 maços de cigarro. Eu fumo durante 3 meses seu curiosozinho de uma figa. Enquanto este calçado estiver com sola eu não gasto dinheiro pra comprar outro. E você como gasta seu tempo se preocupando com assuntos que não lhe dizem respeito está dispensado e não trabalha mais aqui. - Smith se virou pra um novato e completou:

- E você novato, agora é o novo encarregado de maciez de papel!

David Jones saiu cabisbaixo e arrependido de experimentar sua ousadia com um patrão tão cruel. Agora estava desempregado e frustrado pela demissão que foi acometido, tudo por causa de uma curiosidade sobre um sapato furado de mil dólares.

Três semanas depois assistindo um telejornal Jones se depara com a seguinte notícia:

- Acaba de acontecer agora pela manhã na fábrica de papel higiênico Philips Smith o maior incêndio da história dos Estados Unidos. O incêndio queimou toda a fábrica. Os bombeiros só conseguiram agora controlar o fogo que se alastrou por todo o complexo da indústria. Uma vítima que conseguiu escapar, revelou as autoridades e a imprensa que o incêndio começou no setor de maciez do papel, por causa de uma ponta de cigarro acesa do próprio Sr Philips Smith que caiu sobre o estoque de produtos. Infelizmente o mega empresário Sr Smith e seu encarregado de maciez do papel não conseguiram fugir e morreram carbonizados neste que está sendo chamado de o maior incêndio de todos os tempos.





Desde texto, apresento duas lições pra nossa reflexão:

1 -A avareza é a externa manifestação de um coração repleto de amor pela riqueza. 
Jesus disse-lhes: "Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui." Lucas 12:15 

Sr. Smith representa muitos que amam com todas as suas forças suas posses e propriedades. No final, não se tem nada, não se leva nada.

2 - Os desígnios  de Deus não são os nossos. 

O jovem rapaz teve sua vida polpada por um livramento da parte de Deus pra ele. Muitas vezes questionamos alguns rumos de nossa vida, não entendemos porque esta porta se abre, aquela se fecha e tudo o mais. Quem é servo verdadeiro do Senhor Jesus pode ter certeza que em tudo Deus tem os seus propósitos.

"Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR." Isaías 55:8 

Fiquem com Deus,

Abraço.


Por Bruno Ramos



4 comentários:

  1. Muito interessante a história. Não me recordo de tê-la ouvido ou lido em outros locais.

    Na própria Bíblia diz que devemos amar as coisas de Deus não dos homens...

    Quero agradecer a visita no Arruma Blog.

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  2. Rafa, obrigado pelo seu comentário. Este texto e todos os demais (exceto os que eu credito) são de minha autoria. Se gostou, fico feliz em recomendar!!! rsrrs. aproveito para elogiar mesmo seu blog, muito interessante e me ajudou muito, já q sou novato nessa parada aki!!! Bom, e toda honra, toda glória ao Senhor nosso Deus!

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  3. Gostei muito Bruno ! Você mesclou o estilo literário da crônica com a acabamento de fábula, quando sempre existe uma explicação moral para o fato, de qualquer ordem que seja.
    Um forte abraço

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    1. antonio muito me alegra sua visita e mais ainda seu comentário,

      obrigado por aceitar meu convite e conhecer um pouco do q escrevo. ratifico minha admiração pelo seu trabalho e sua escrita, se possível tenhamos mais contato, e quando der, venha aqui na terra de rubem braga tomar um café comigo. abraço

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Felicidade se faz com música

Olá a todos!

Enfim, resolvi de vez expor minhas escritas. Sempre quis escrever, apresentar um pouco as idéias que estão sempre enclausuradas na minha mente, sem ter como escapar. Espero que gostem de tudo o que eu carinhosamente estou apresentando ai. E, se por um caso, precisares de uma banda pra tocar no seu casamento, na sua festa, no seu evento...estamos ai, fácil falar comigo. Abraços.

Abraço a todos.

brunodearamos@gmail.com
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